As primeiras impressões sobre o Parque Karawá Tã, em Gravatá

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(Atualização – 19/06/2019: O Parque Karawá Tã informou, nesta quarta-feira (19), que devido às chuvas a abertura foi adiada para o próximo dia 22.)

No último sábado, dia 15, conhecemos o Parque de Aventura Karawá Tã junto com jornalistas e comunicadores, a convite da assessoria de comunicação do empreendimento.  Vimos de perto parte da estrutura e dos equipamentos (que já havíamos antecipado aqui em abril deste ano), conhecemos parte da equipe e experimentamos uma das tirolesas – a com 300 metros de extensão. Saímos de casa na expectativa se o que encontraríamos seria muito diferente do que sabíamos, ficamos surpresos ao conhecer o parque e voltamos com a sensação de que ele tem tudo para dar muito, muito certo.

Vamos falar um pouco da visita e detalhar as nossas impressões nos tópicos: Funcionamento, Preços, Estrutura, Sustentabilidade, Tecnologia e Segurança. 

karawá tã praça

FUNCIONAMENTO
Para aproveitar o público que visita o Agreste durante o período junino, o Karawá Tã abrirá na  próxima quinta-feira, dia 20, em regime de soft open, com apenas parte dos equipamentos em funcionamento, limite de público em até 400 pessoas por dia, e preços promocionais até a inauguração oficial, que está prevista para julho.

Durante este período estarão disponíveis para o público as tirolesas, as trilhas, o paredão de escaladas, o parque infantil com brinquedão de aventura, o orbitball e o aquaball (bolas transparentes em que a pessoa entra e rola em uma rampa ou gira sobre a água de um riacho, respectivamente).

Na visita do sábado vimos os funcionários utilizarem as tirolesas de 900 metros e experimentamos a de 300 metros (e ainda tem mais uma, de 90 metros de extensão). É tudo muito seguro e organizado, e os funcionários checam todos os equipamentos, orientam os visitantes de forma muito educada e simpática.

karawa tã parque

PREÇOS
Inicialmente, o parque funcionará de quinta a domingo, das 9h às 16h, mas abrirá na segunda-feira de São João, dia 24. Os ingressos promocionais custarão: Entrada R$ 20 (meia-entrada R$10), e combo para todos os equipamentos do parque R$ 90 (meia-entrada R$ 40).

Na entrada do parque, cada visitante receberá uma pulseira e a cada consumo ela será bipada. Na saída, a pessoa apresenta a pulseira e paga a conta. Isso dará agilidade nas compras e evitará filas: mais um ponto positivo.

ESTRUTURA
Localizado dentro de uma área de 1.600.000 m², na Reserva Particular de Patrimônio Natural (RPPN) Karawá Tã, o parque será zoneado em sítios, e todos os conjuntos contarão com lanchonete, lojinhas e banheiros (masculino, feminino, cadeirantes e família).  O fluxo de visitante entre esses locais será através de “trenzinho” puxado por tratores ou quadriciclos, ou por caminhada.

As obras tiveram início há cinco meses, e o pessoal está trabalhando pesado para poder deixar tudo pronto até o dia 20.

arvorismo karawá tã

SUSTENTABILIDADE E TECNOLOGIA
O parque foi pensado, desde sua concepção até quando estiver em pleno funcionamento, para ter o menor impacto ambiental possível, e nós percebemos isso nas edificações – que seguem o conceito de industrialização sem geração de resíduo. É tudo muito simples e funcional, em nome da preservação do meio ambiente.

Outro destaque é o uso racional da água. São seis barragens para acumulação de água da chuva e nove unidades compactas de serviços (reuso de água, tratamento de esgoto e produção de adubo para sementeira). Toda iluminação é de led e placas fotovoltaicas garantem a geração de energia solar.

Também haverá dez totens de aspersão de água em pontos estratégicos das sete trilhas do parque, para refrescar o pessoal durante as caminhadas. Todos esses totens funcionarão à base de energia solar. Outro detalhe é que 100% das áreas de convivência do parque terão cobertura wi-fi. A ideia é que o pessoal possa compartilhar suas experiências e, assim, divulgar o Karawá Tã. Para isso foram utilizados cerca de 6 km de rede de fibra óptica.

“Nós temos o desafio de mostrar que é possível, sim, fazer turismo ecológico e de aventura dentro de uma RPPN, preservando a caatinga com práticas sustentáveis”, destacou o empresário Paulo Roberto durante a apresentação do projeto aos comunicadores.

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SEGURANÇA
“Todas as nossas atividades seguem todas as normas da ABNT”, destacou Paulo Roberto. Percebemos que a maior parte dos equipamentos que estarão em funcionamento a partir de quinta-feira já estão com sinalização de segurança e, nas tirolesas, já constam as placas com as regras de uso. Mas chama atenção a preparação dos funcionários: todos muito atenciosos e capacitados. Quando experimentamos a tirolesa, checaram atentamente os itens de segurança, nos passaram todas as orientações, esclareceram e explicaram as regras de uso e tiraram as dúvidas. A segurança que eles(as) nos transmitem é capaz de tranquilizar os mais preocupados, alertar os mais empolgados e permitir que a gente possa curtir a natureza sem medo.

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Saímos do parque com a sensação de que seria ótimo voltar lá com os amigos e com a família, para se divertir. Acreditamos que isso é um indicativo de que o negócio é realmente bom!

Karawá Tã: o parque de aventura que será inaugurado em Gravatá

Eis que Abril trouxe uma novidade que tem tudo para movimentar, e muito, o Turismo Rural em Pernambuco e pegou muita gente de surpresa: a cidade de Gravatá contará com um super parque de turismo de aventura e ecoturismo, o Karawá Tã. Quer outra notícia boa? A previsão é que ele seja inaugurado já no mês de junho!

Apesar da proximidade da abertura, ainda não foram divulgados muitos detalhes nem muitas imagens do parque, mas nós cascavilhamos os blogs locais, as redes sociais e o site do empreendimento, e apresentamos abaixo alguns detalhes que conseguimos descobrir.

KARAWATA-GRAVATA(Crédito da imagem: http://www.karawata.com.br)

ESTRUTURA
As obras do Karawá Tã começaram no início deste ano. O parque funcionará em uma área de 1.600.000 m², na Reserva Particular de Patrimônio Natural (RPPN) de mesmo nome, entre a Serra do Maroto e Gravatá. De acordo com o site do parque, estão sendo investidos no projeto mais de R$ 15 milhões.

O lugar terá espaço para ecoturismo, turismo de aventura, entretenimento, treinamento corporativo, educação e pesquisa ambiental. Para quem curte o Turismo de Aventura, opções não vão faltar, segundo o site: haverá três tirolesas, sendo uma delas com 850 metros de extensão, trilhas contemplativas e de aventura, arvorismo, rapel, arco e flecha, paredão de escalada, aqua ball, paint ball, circuito de bike (kids/teen), orbit ball, além de um tobogã com 120 metros de comprimento.

A estrutura conta ainda com ambulatório, auditório, centro de visitantes, três restaurantes, cinco lanchonetes, lojas, heliponto e estacionamento para 450 veículos, além de 10 estações de embarque e desembarque. A circulação de carros não será permitida dentro do parque e os visitantes poderão fazer o percurso em um trenzinho sobre rodas.

mapa-ilustrativo-karawata(Crédito da imagem: http://www.karawata.com.br)

ACESSIBILIDADE E SUSTENTABILIDADE
Pelas informações que encontramos, uma das prioridades do parque será a acessibilidade. A tirolesa terá um equipamento capaz de transportar cadeirantes, todo parque terá sinalização em braile e a equipe de monitores será qualificada para atender as pessoas com deficiência.

Além da preservação da Caatinga, o criador do parque também atentou para a geração de energia – que será feita através de painéis solares – e para o uso racional da água, com captação de água da chuva e reuso da água nos equipamentos.

FUNCIONAMENTO
De acordo com informações em portais locais, a estimativa é que o parque conte com aproximadamente 100 profissionais, atendendo a 1500 pessoas por dia. O funcionamento deverá ser por day use, como acontece nos parques desse tipo, em que o visitante recebe a identificação na bilheteria, aproveita os equipamentos, consome alimentos e bebidas e paga tudo no final do dia.

De acordo com a página do Parque de Aventura Karawá Tã, o empreendimento já está cadastrado na ABETA (Associação Brasileira das Empresas de Ecoturismo e Turismo de Aventura) e no Cadastur  (Cadastro de Prestadores de Serviços Turísticos) do Ministério do Turismo (MTur).

CURIOSIDADES
A Reserva Particular de Patrimônio Natural Karawá Tã é a maior da vegetação da Caatinga no Brasil em área urbana. O termo karawa tã denomina a vegetação nativa de Gravatá em tupi guarani.

MAIS INFORMAÇÕES
Para ficar atualizado(a) sobre o parque, confira os perfis oficiais do Karawá Tã no Instagram e no Facebook. O site do empreendimento é www.karawata.com.br.

 

 

Engenho São Bernardo: turismo rural bem pertinho do Recife

A cidade de Paudalho, a apenas 37 quilômetros do Recife, é conhecida por ser um dos principais destinos de romeiros do Brasil, movidos pela fé em São Severino dos Ramos. Localizada às margens do rio Capibaribe, é também repleta de histórias, que podem ser relembradas em locais como a antiga ferroviária, a igreja de Santa Teresa, as ruínas do mosteiro de São Francisco e a Ponte do Itaíba, inaugurada em 1871 por Dom Pedro II. Há pouco mais de dois anos, Paudalho também entrou na rota do Turismo Rural, com o Engenho São Bernardo.

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O engenho hoje dispõe de piscinas, riacho, banhos de açude com escorrego, banho de bica e pesque-solte. Para quem prefere descansar, o local conta com um redário bem aconchegante e um píer coberto que dá vontade de passar o dia por lá aproveitando a sombra e o barulhinho tranquilo da água passando em volta. Um detalhe importante e que merece destaque é que a administração do engenho teve o cuidado de sinalizar todos os espaços com avisos de segurança.

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Já para quem quer aproveitar bem o dia, o empreendimento também dispõe de churrasqueira, área coberta e campo de futebol. Também está sendo construído um parquinho para as crianças e uma área está sendo recuperada com o plantio de árvores. Os visitantes também têm acesso à casa grande e à capela do engenho. A intenção é que, no futuro, também sejam oferecidas opções de trilhas ecológicas pela propriedade.

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AGENDAMENTO
Por enquanto, o Engenho São Bernardo só atende a grupos de 20 a 60 pessoas, através de agendamento. Os preços variam de acordo com a quantidade e com as refeições contratadas (só café da manhã ou café da manha e almoço). Não há hospedagem. O espaço também pode ser alugado para eventos como confraternizações, aniversários e casamentos.

O agendamento pode ser feito por telefone, no número (81) 99952.0177.

COMO CHEGAR
Paudalho está às margens da BR-408, então é super simples e rápido de chegar. O Engenho São Bernardo fica em frente ao engenho onde acontecem as romarias ao São Severino dos Ramos, então basta seguir a sinalização. Não tem erro, e a estrada é toda pavimentada.

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Vai pegar a estrada para a Mata Norte? Conheça o restaurante Sabor do Sertão

A Zona da Mata Norte é maravilhosa para quem curte pegar a estrada e conhecer cidades pequenas e cheias de história, e também para quem quer começar a descobrir bons destinos de Turismo Rural. Saindo do Recife pela BR-408 (duplicada até Carpina) você chega facilmente a vários dos destinos que já visitamos pelo Partiu Interior (clique aqui e confira), em cidades como Lagoa do Carro, Tracunhaém, Nazaré da Mata, Buenos Aires e Vicência. E é no 40 km desta BR, em Paudalho, que os viajantes encontram uma ótima opção para café da manhã e almoço: o Sabor do Sertão.

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O restaurante regional funciona de quinta a domingo, das 6h30 até as 16h. O café da manhã é servido até as 10h e, a partir das 11h, os clientes já podem fazer os pedidos para o almoço. O menu traz diversas opções de comida regional, servidas a la carte. O carro-chefe é a carne de sol, mas também são servidos pratos típicos como galinha à cabidela, bode guisado, além de sobremesas como cartola e queijo de coalho com mel de engenho. Os preços também são variados, com opções individuais e pratos completos, que servem até três pessoas.

A área do restaurante é bastante arborizada, o que é acolhedor e muito agradável. Imagina tomar café da manhã ou almoçar observado as árvores, as flores, e descansar na sombra antes de voltar para a estrada? Por dentro, os móveis são rústicos e a decoração conta com elementos que remetem ao Sertão e à Zona da Mata.

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Opção para crianças
Nos finais de semana e no domingo, o restaurante oferece passeio de charrete para as crianças. A garotada também pode brincar em uma casinha de taipa, enquanto os pais aproveitam as mesas na área externa do Sabor do Sertão.

Para os adultos há também uma lojinha, onde os visitantes irão encontrar artesanato e produtos regionais como queijos, cachaças, mel de engenho, doces, entre outros. Uma curiosidade é que a loja foi fundada 1998, antes mesmo do restaurante, inaugurado em 2002.

Para quem gosta de viajar em grupo ou organizar passeios de moto, bicicleta ou carro, não precisa se preocupar com estacionamento, pois o Sabor do Sertão possui duas áreas amplas (uma antes e uma após a entrada principal).

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Eventos
O Sabor do Sertão também faz agendamento para eventos, como aniversários, noivados e casamentos. O lugar tem capacidade para receber até 90 pessoas.

 

Localização
BR-408, Km 40, em frente à Academia da Polícia Militar, em Paudalho.
Horário de Funcionamento
Terça a domingo, das 6h30 às 16h

O Turismo Rural só tende a crescer

A presidente da Associação Pernambucana de Turismo Rural (Apeturr), Fátima Magalhães,  analisa o Turismo Rural em nosso estado e diz o que espera do setor para os próximos anos

Cada vez mais, as pessoas que moram nos grandes centros urbanos procuram um lugar no campo e encontram no Turismo Rural a oportunidade de vivenciar experiências que as desliguem da rotina, do estresse, e as conecte com a simplicidade, com a natureza, ou mesmo com as próprias origens. Pelos seus patrimônios histórico e natural, e por toda sua diversidade, Pernambuco concentra um grande potencial para este segmento. Sobre isso, entrevistamos a presidente da Associação Pernambucana de Turismo Rural (Apeturr), Fátima Magalhães, que nos recebeu no último dia 11, no estande da associação na 26ª Agrinordeste. Ela falou sobre o Turismo Rural em nosso estado, apontou caminhos para que Pernambuco consiga explorar todo seu potencial e explicou como é o trabalho da Apeturr, que hoje conta com treze associados na Zona da Mata e no Agreste. Confira!

Partiu Interior –  Como a senhora percebe o Turismo Rural hoje em Pernambuco?

Fátima Magalhães – Eu acredito que o Turismo Rural só tende a crescer. Quando eu comecei, há nove anos (ela é proprietária do Refúgio do Rio Bonito, no município de Bonito-PE), a procura era bem menor do que é agora. Eu sinto que as pessoas dos grandes centros estão, cada vez mais, necessitando do lugar no campo. Como o Turismo Rural é o turismo de experiência, por excelência, é onde você vai vivenciar o cotidiano do campo, ele se torna muito diferenciado e isto está encantando cada vez mais essas pessoas. No Turismo Rural você não tem só o lazer, você tem o Turismo Ecológico, de Aventura, você tem cachoeiras, têm trabalhos dentro de reservas, até mesmo de exploração de trilhas, e também essa parte agrícola. Então você tem oportunidade de vivenciar muita coisa, é bem diversificado.

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Engenho Jundiá (Crédito da Imagem: Acervo Empetur)

Partiu Interior – E qual o caminho para que a gente consiga explorar todo esse potencial?

Fátima Magalhães – Olha, o poder público precisa melhorar as estradas, os acessos, sinalização… É preciso investir no interior, porque o interior tem muito o que mostrar. Se você entrar em todos os estados do interior do Nordeste – não só em Pernambuco – você tem cultura, história, gastronomia, música, artesanato, artes plásticas. Divulgar tudo isso é muito importante. Falando por mim, às vezes chegam clientes dizendo “vocês precisam divulgar isso, Bonito está tão perto do Recife e a gente não conhece essa maravilha”. Nós não temos recurso para anunciar nas grandes mídias, a divulgação que a gente faz são as mídias sociais e nas feiras. Essa divulgação maior é o estado que precisa fazer, de convidar para vir para o interior. Já começou, mas é preciso mais.  

Falta também segurança. É preciso dar segurança para quem está na estrada, para quem está no município visitando. Então, o caminho é investir em bons acessos, segurança e divulgação, o poder público precisa garantir isso para que o empresário que está ali investindo tenha o seu retorno.

Partiu Interior – Nós vemos pouca divulgação por parte do poder público sobre o interior, exceto no período de Carnaval…

Fátima Magalhães – É. Sem querer fazer apologia a ninguém, a nenhum político, mas eu posso datar que do governo de Eduardo Campos para cá, ele voltou o olhar para o interior, foi quando a gente começou a ver um pouco mais de divulgação. O Ministério do Turismo também começou a fazer filmes veiculados em grandes emissoras abertas. Então, começou, mas a gente precisa de muito mais.

Aparaua Partiu Interior

Aparauá Eco Aventura (Crédito da Imagem: Acervo Partiu Interior, 2016)

P.I. – Quantos associados compõem hoje a  Apettur e como ela trabalha?

F.M. – Hoje a Associação Pernambucana de Turismo Rural é composta por treze associados, sendo 7 com hospedagem, 4 com day use, 1 com passeios de balão (em Bonito-PE) e pelo menos 4 com turismo pedagógico. São 6 associados na Zona da Mata – Norte e Sul – e 7 no Agreste. O interessante é que cada um tem sua característica, por exemplo: o Aparauá, em Goiana, é um ambiente de rio com braço de mar, com vegetação preservada, com resquício de Mata Atlântica, mas um ambiente completamente diferente de São Benedito do Sul. Ou seja, cada um com um diferencial, e estamos unidos, dentro da associação, com o objetivo de trabalharmos juntos pelo Turismo Rural, mas cada um com sua peculiaridade. Outra característica nossa é que a maioria é mulher.

P.I. – Como funciona para novos associados? Geralmente a pessoa procura a associação e vocês fazem o acompanhamento?

F.M. – Isso, aqui na Agrinordeste nós tivemos várias pessoas interessadas, o que me surpreendeu. A procura foi grande, para saber como desenvolver dentro de uma propriedade rural – de alguma forma ela está tentando melhorar o rendimento, diversificar – e querendo saber como faz para ser associada. Para se associar, nós primeiro  fazemos uma visita ao local, vamos conhecer o perfil, até mesmo para aprofundar mais a ideia, se tem aptidão, se a pessoa está disposta a abrir mão… de repente tem situações em que você vai abrir a sua casa, então é preciso ver se é isso mesmo que a pessoa quer, para que a gente dê orientações mínimas e também possa indicar onde buscar ajuda, como Sebrae, Empetur, Secretaria de Turismo, o município, as secretarias municipais, por exemplo. Este é um trabalho em que você não pode ficar isolado. A pessoa estar associado já é um grande ganho, porque ela só vai poder receber ajuda do Ministério do Turismo, das secretarias de Turismo, da Empetur e do Sebrae se estiver dentro de uma associação.

P.I.- E, depois de associado, há o acompanhamento…

F.M. – É, uma vez que você está associado, a gente faz reuniões uma vez por mês, onde a gente transforma isso em um encontro, uma troca de experiência, de informações, negativas ou positivas, para que todos fiquem por dentro, afinal isso não deixa de ser uma rede, não é? Através da Empetur, do Sebrae e da Secretaria de Turismo a gente participa de outros eventos, feiras, com material. Nem sempre a gente coloca estande, como na Agrinordeste, mas a gente coloca o nosso material e todos os associados são divulgados. Agora, no dia 20 de outubro vai acontecerá uma feira em João Pessoa, onde vamos apresentar para as agências que trabalham com Turismo como um todo. A gente participa também da RuralTur, que é um evento importante – ano passado foi em Gravatá, e este ano será na Paraíba. Nós também fizemos parceria com a Associação de Produtores de Cana, Aguardente e Rapadura (APAR), porque acreditamos que Turismo Rural e cachaça têm tudo a ver.

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Cachaça Sanhaçu (Crédito da Imagem: Acervo Partiu Interior, 2016)

P.I.- Existe uma rede de associações no Nordeste?

F.M. – No Nordeste, Pernambuco é o estado que hoje está mais organizado, em Turismo Rural. A associação é uma das mais fortes, mas a gente também trabalha junto. Temos a Abraturr, que é a associação brasileira e abraça todas essas associações, então estamos juntos.

 

P.I. – O que a senhora espera do Turismo Rural em Pernambuco

F.M. – Eu espero que esta crise financeira esteja acabando e as pessoas voltem a poder investir no lazer, porque esses últimos quatro anos foram complicados. Um dos fatores que fizeram reduzir o número de associados foi, primeiro, a seca – teve gente que não teve água para continuar e fechou – e outro foi a questão de ter esvaziado mesmo. Quando o município não é um destino e que você é o único atrativo, aí fica difícil. Eu estou num município que é um destino (Bonito-PE), mas temos associado que é o único atrativo, por exemplo, a Fazenda Betânia, em São Benedito do Sul. As pessoas vão especificamente para a fazenda Betânia, e não para São Benedito do Sul. Tiveram outros associados que estavam em situação difícil e não conseguiram permanecer, porque não tinham apoio do município, e o município não conseguia sobressair em nada.

Eu aposto que, ano a ano, a gente vai conseguir superar as dificuldades… Eu estou apostando que o Turismo Rural tem tudo para crescer.

SAIBA MAIS
De acordo com dados da Apeturr, atualmente os treze empreendimentos associados geram 630 empregos e oferecem 1.778 leitos. Clique aqui para saber mais sobre os associados da Apeturr.

Conheça os empreendimentos e as associações citadas na entrevista:
Refúgio do Rio Bonito: www.refugiodoriobonito.com.br
Aparauá: www.aparaua.com.br  e Partiu Interior no Aparauá (2016)
Fazenda Betânia: www.instagram.com/hotelfazendabetania
APAR: www.cachacasdepernambuco.com.br
Abraturr: https://www.facebook.com/profile.php?id=100013423926459
Apeturr: www.apeturr.com.br

Expedição pelos engenhos da Mata Sul de Pernambuco

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Em quase dois anos do Partiu Interior, nós já visitamos, em Pernambuco, cidades do Sertão, do Agreste e de uma parte da Zona da Mata, mas faltava conhecer outra parte, igualmente rica em histórias: a Zona da Mata Sul. A oportunidade veio em 25 de agosto de 2018, quando participamos da Expedição Engenhos da Mata Sul, organizada pelo grupo Passeios Off Road Pernambuco.

Os quatro engenhos que visitamos ficam nos municípios de Escada e Ipojuca, ambos na Região Metropolitana do Recife. O passeio começou pela BR-101 Sul, e depois muita lama, buraco e pedra, uma boa pedida para quem gosta de aventura.

Engenho Limoeiro Velho

Engenho Limoeiro Velho 2

A primeira parada foi em Escada, no Engenho Limoeiro Velho, onde há um belo casarão, cercado por um jardim impecável. Sempre que visito um engenho tento imaginar como aquilo foi planejado, construído, enfim, como foi a vida ali. Desta vez também imaginei que talvez funcionasse bem um hotel fazenda por lá. Quem sabe um dia a gente ganhe na Mega-Sena e…

Engenho Jundiá

Engenho Jundiá

O segundo engenho que visitamos foi o Jundiá, onde o pintor mundialmente conhecido Cícero Dias nasceu, em 5 de março de 1907, e morou até os 13 anos. Eu já sabia que a casa grande estava em ruínas, mas mesmo assim estava ansioso para vê-lo de perto, pois só o conhecia da poesia e da crônica do poeta de Nazaré da Mata, Mauro Mota.

Soneto de Jundiá e Cícero Dias

O engenho, o cabriolé, as arapucas,
o trem, a mata, o sino da capela,
compadre Zuca, a vaca Zeferina,
dezembro das meninas no colégio.

Rio, canas, cajás, canoa, a doida,
o cio da égua, a casa de farinha,
o terraço, o gamão, o avô, o padre,
os cabaços de mel e de mulatas.

Velas, terços, mistérios de botijas,
lobisomem, coruja, noite, rede,
tia Raquel e os medos do menino,

O pastoril da Aurora, os manacás,
galopes do cavalo ruço-pombo,
esporas do meu pai no patamar.

(Do livro: Mauro Mota – 100 poemas escolhidos. Editora CEPE. 2011)

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Engenho União

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Em Ipojuca, visitamos o engenho União, dentro da usina de mesmo nome. Os imóveis e a igreja são bastante preservados, e, no local, está exposta uma locomotiva a vapor bem preservada.

Engenho Gaipió

engenho gaipió

Para encerrar o passeio pelos engenhos, visitamos o Gaipió. A estrada de terra até lá é longa, mas com passagens em ponte sobre o rio Ipojuca, áreas de mata preservada e canaviais. Vale a pena apreciar. O engenho é bem bonito, mas o tempo tem deixado sinais de desgaste.

Em nosso canal no Youtube, postamos um vídeo sobre a Expedição pelos Engenhos da Mata Sul. Confira:

 

 

Tudo sobre o teleférico de Bonito (PE)

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Desde quando começamos a postar as fotos da nossa viagem a Bonito, várias pessoas têm dito que não sabiam que a cidade havia inaugurado um teleférico e se mostraram bastante interessadas em experimentar essa novidade. Então, decidimos fazer um texto só sobre estre atrativo, com os principais detalhes que você precisa saber antes de visitá-lo.

Vale muito a visita,  e tem tudo para se tornar um dos locais mais visitados de Bonito. Ou seja, é bom já incluir a visita ao teleférico no seu roteiro.

LOCALIZAÇÃO E ESTACIONAMENTO
A estação do teleférico fica no Pátio de Eventos da cidade, localizado na rua Sebastião Rangel, no centro, próximo ao mercado público e ao lado da Caixa Econômica Federal. O lugar tem um estacionamento amplo e gratuito. Confira aqui o mapa.

A pracinha sob a estação é um atrativo a parte: vários senhorezinhos e senhorinhas acompanhando o movimento – bem característico das cidades do interior -, as crianças brincando e os casais conversando sem preocupação.

Teleférico

HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO
O teleférico funciona de quinta a domingo, no horário das 9h às 17h. As cabines completam o percurso de 1,2 km em aproximadamente 12 a 15 minutos, considerando o tempo de embarque e desembarque.

O equipamento tem capacidade para transportar 92 pessoas por hora, mas no dia em que fomos, um domingo, a fila estava grande e dificilmente as cabines eram ocupadas em sua capacidade máxima (4 pessoas). Por isso, recomendamos que você reserve uma manhã ou uma tarde inteira da sua viagem para conhecer o teleférico.

Teleférico 2a

INGRESSOS
Os ingressos custam R$ 30, e tem meia-entrada (R$ 15) para estudantes, professores, idosos, deficientes e jovens de baixa renda inscritos do CadÚnico. As vendas acontecem somente na bilheteria e, se comprado até as 15h, dão direito a ida e volta no teleférico. Ingressos adquiridos após esse horário dão direito a volta de van. As vendas são encerradas 30 minutos antes da última viagem.

O ticket é dividido em duas partes, e você entrega cada uma delas momentos antes de entrar nas cabines. Uma pena para quem coleciona (é o nosso caso), pois você não fica com nenhuma parte do ingresso.

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LÁ EM CIMA
O teleférico parte do pátio de eventos para o topo da Serra do Araticum, a 700 metros de altitude, em relação ao nível do mar. Lá em cima tem sorveteria, lanchonete e pracinhas muito organizadas, além da capela da Nossa Senhora de Mont Serrat. Mas o principal atrativo é mesmo a vista encantadora que você tem lá do alto.

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Apreciar o pôr do sol enquanto saboreia um café naquele friozinho de agosto faz valer qualquer espera e torna o passeio ao teleférico um atrativo imperdível para quem vai a Bonito.

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Saiba mais:

Fim de semana em Bonito (PE): muito além das cachoeiras

Cachoeira Barra Azul Bonito Partiu InteriorDemorou, mas finalmente visitamos Bonito, no Agreste pernambucano. Dona de belas cachoeiras e de paisagens encantadoras,  a simpática cidade não precisou de muito tempo para nos convencer: é um dos melhores destinos que visitamos em dois anos de #PartiuInterior.
Belezas naturais, esportes radicais, teleférico e ótimas opções de hospedagem fazem de Bonito a principal referência de Ecoturismo em Pernambuco, com atrativos que agradam a todos os gostos e bolsos. Nós passamos um fim de semana lá e aproveitamos muito bem cada momento, desde a chegada até a hora de ir embora.
Rodeadouro Bonito Partiu Interior
Como chegar
A cidade é um destino bem fácil de chegar. Fica a apenas 132 km do Recife, o que dá pouco mais de 2 horas de viagem, pela BR-232 (até Bezerros) e pela PE-103 (Sairé e Camocim de São Félix). A estrada é boa e bem sinalizada. Chegando lá, é super fácil de transitar, mas vale a pena passar no Centro de Informações Turísticas, na entrada principal do município, e saber dos detalhes. Se preferir contratar um guia turístico, a diária custa R$100,00.
As cachoeiras
As cachoeiras de Bonito foram eleitas uma das 7 Maravilhas de Pernambuco. O acesso a elas é bem tranquilo, pela PE-103, e as entradas são sinalizadas. Quem curte fazer trilhas e quiser pegar a estrada de terra que liga as cachoeiras também dá, mas somente com um carro alto (e 4×4, dependendo da época do ano). Foi o que fizemos, usando o aplicativo Wikiloc (recomendo!).
Cachoeira Bonito PArtiu Interior
Na entrada de cada cachoeira é cobrada uma taxa de R$ 5, e há espaço reservados para estacionar, além de banheiros. Em algumas delas também há bar/restaurante, com opções de petisco e almoço – mas não provamos.
A primeira que visitamos foi a Véu de Noiva I, a mais conhecida e mais movimentada. Ela não é boa para banho, mas é para onde os apaixonados por esportes radicais vão para praticar tirolesa e rapel – tema do próximo tópico. Depois seguimos pela estrada de terra até a Barra Azul, que rende belas imagens, e em seguida fomos para a Cachoeira do Paraíso, que das três é a melhor para banho.
Rapel Cahoeira Bonito Partiu Interior
Esportes radicais
Bonito é o destino de muita gente que curte trekking (caminhada), ciclismo, moutain bike, trilhas off road, balonismo e, claro, a tirolesa e o rapel, disponíveis em alguns parques e na cachoeira Véu de Noiva I. Essas duas atividades abrem ao público nos finais de semana, a partir das 9h. A descida na tirolesa custa R$ 40 por pessoa, enquanto o rapel sai por R$ 35. Quem optar pelo pacote (Tirolesa+Rapel) ganha um desconto, paga apenas R$ 60.
A empresa nos recebeu muito bem e explicou detalhadamente como funcionam as práticas e os equipamentos. Nos sentimos bastante seguros, confiamos, e encaramos. No rapel, os visitantes descem os 32 metros da cachoeira acompanhados por instrutores. Já na tirolesa, são pouco mais de 30 segundos para percorrer os cerca de 320 metros de descida, a 70 metros de altura no ponto mais alto. Ah, e tudo é fotografado pela empresa e disponibilizado depois no Facebook. Resumindo: vale muito a pena!
Tirolesa Bonito 2 Partiu Interior
Tirolesa Bonito Partiu Interior
Teleférico
Inaugurado em maio deste ano, o teleférico de Bonito ainda é pouco conhecido (algumas pessoas ficaram surpresas com as fotos que postamos no dia do passeio), mas já é, sem dúvida alguma, um grande atrativo da cidade. Os quatro “carrinhos”, com capacidade para 4 pessoas, levam 12 minutos para completar o percurso de 1,2 km. Dois sobem, enquanto os outros dois descem, ou seja, vão 8 pessoas por vez.
teleférico Bonito Partiu Interior
Os ingressos custam R$ 30 e R$ 15 (meia-entrada), e o horário de funcionamento é das 9h às 17h. No próximo post do blog falaremos mais detalhes sobre essa beleza que é o passeio de teleférico.

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Hospedagem
Existem diversas opções para camping, pousadas, hotéis e hotéis fazenda em Bonito, com preços bem variados. Ficamos hospedados em um hotel fazenda bastante conhecido, que dispõe de diversas atividades inclusas na diária, e oferece pensão completa (café-da-manhã, almoço, jantar e lanche).
Pedra Rodeadouro Bonito Partiu Interior
Além da bela vista, aproveitamos a trilha ecológica com cachoeira – em uma reserva dentro do hotel – piscina, jogos e stand up paddle. Também há outras atividades típicas em hotéis dessa modalidade, como leite no curral e passeio a cavalo, e mais outros não inclusos no pacote. As acomodações são simples, aconchegantes e confortáveis, ou seja, tudo o que você precisa para descansar depois de curtir tudo o que Bonito tem a oferecer.
Trilha Bonito Partiu Interior
stand up paddle bonito partiu interior
Próximos
Nos próximos posts do #PartiuInterior você vai ver mais detalhes sobre o teleférico de Bonito e outras opções de passeio na cidade.

Sete coisas que não nos contaram sobre Paixão de Cristo de Nova Jerusalém

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Imagina a felicidade que deve ser transformar uma pequena vila no interior de Pernambuco em um dos principais destinos de milhares de visitantes e turistas – religiosos ou não – durante a Semana Santa? Comecei a me perguntar isso enquanto admirava a grandiosidade do teatro de Nova Jerusalém, em Fazenda Nova, Brejo da Madre de Deus, a 180 km do Recife. Do lado de fora, pouco antes de entrar para o espetáculo, observei os diversos ônibus, carros, feirinha, arena gastronômica, ambulantes e comecei a entender a ideia genial de Plínio Pacheco.

Viajamos na quinta-feira (28), dia chuvoso e de muito movimento nas estradas – todos querendo sair do Recife para curtir o feriado. Apesar de ser um destino bastante conhecido e frequentado pelos pernambucanos, foi nossa primeira vez no espetáculo, então, o que falar de uma peça sobre a conhecida história de Jesus Cristo que já vai em sua 51ª edição e já foi vista por mais de 3,5 milhões de expectadores?

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Bem, primeiro é preciso dizer que vale muito a pena. Tudo é feito com muito cuidado e atenção para que o público mergulhe no enredo sem distrações. Também há alguns detalhes – positivos e negativos – que vamos elencar a seguir e que podem ajudar você a planejar uma viagem para lá nos próximos anos. Vamos começar:

1 – Não, a viagem não é cara. 
Essa era uma ideia que eu tinha. Sempre me perguntei se valia a pena pagar “tanto” para ver a encenação de uma história que eu já conheço e que sempre é exibida na televisão. Sim, vale a pena. Em 2018, os ingressos variavam entre R$ 100 e R$ 140 (inteira) e R$ 50 a R$ 70 (meia entrada), um preço que acho justo, considerando que são mais de três horas de espetáculo, com 450 atores e figurantes, além de outros 600 profissionais envolvidos (técnicos, maquiadores, sonoplastas, eletricistas, entre outros), todos distribuídos em 9 palcos e dentro de um teatro com 100 mil metros quadrados.

Para chegar lá, existem várias opções de excursões, com preços bem variados. No Recife, encontramos a partir de R$ 80 por pessoa (certamente tem mais barato) e viajamos pela Sevagtur, a R$90. Tudo muito organizado e tranquilo. No final das contas, gastamos R$ 300 (ingresso e transporte para o casal), fora alimentação por lá e capinha de chuva.

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2 – Pode chover bastante. Mas tem capinha de chuva pra vender.
O dia em que fomos foi bastante chuvoso, e até levamos uma sombrinha para se proteger da chuva, mas usá-la durante o espetáculo não é uma opção (apesar de muitas pessoas abrirem e atrapalharem a vista de quem está atrás). A solução: capinhas de chuva. Os ambulantes vendem já no estacionamento ao preço de R$ 5.

20180329_1915593 – Vá de calça e sapato para chuva.
Se a previsão for de chuva, nem se preocupe com que roupa você vai, porque ela vai ficar por baixo da capa de plástico, mas vale a pena ir de calça para evitar insetos e lama. Também é interessante usar um sapato apropriado e que aguente chuva. Nada de sandalinha, salto alto ou chinelo de dedo, pois a maior parte da caminhada que você precisará fazer diante dos palcos é no barro, sem calçamento, e lembre-se que você vai andar no meio de uma multidão, ou seja, apesar de isso ser bem sossegado por lá, pode ser que pisem no seu pé…IMG_20180329_173538

4- Procure o canto esquerdo dos palcos.
Esta dica nos foi dada pelo guia, a caminho de Nova Jerusalém, e quando começa o espetáculo você entende que faz todo sentido: procure sempre o canto esquerdo dos palcos. Fica mais fácil se locomover entre as cenas e se acomodar com tranquilidade. Somente na cena da crucificação é recomendável ir pela direita (e não pelas arquibancadas), assim você chegará mais perto do palco. Uma curiosidade, que talvez pouca gente perceba, é que a estátua do Plínio Pacheco montado no cavalo é móvel, ela aponta a direção para onde as pessoas devem se deslocar.  

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5 – Existe uma atenção especial com idosos e deficientes
Assim que você entrar no teatro, vai perceber uma equipe de pelo menos vinte pessoas prontas para atender e acompanhar os expectadores que tenham dificuldade de locomoção e precisem de cadeiras de rodas. Existe um espaço amplo destinado para esse público, bem em frente de cada palco, e são os profissionais do teatro que conduzem as cadeiras de rodas.

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6 – Infelizmente, há poucos banheiros.
Como dificilmente as pessoas vão procurar o banheiro durante as três horas de espetáculo, nada mais comum do que ir antes ou depois. O problema é que são poucos banheiros para muita gente, então, quando termina a peça as pessoas já estão apertadas e precisarão encarar filas. É tenso.

7 – Feirinha poderia ser melhor.
Esperava encontrar uma feirinha de artesanato bem diversificada, com produtos locais e bem diferentes do que a gente encontra em outros locais, mas salvo as lembrancinhas relacionadas à Paixão de Cristo, não há muita opção. Encontramos vários estandes com relógios e acessórios brilhantes fabricados na China, mas de artesanato mesmo, é pouco.

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Em resumo, foi uma viagem bem tranquila e divertida. Fomos e voltamos com segurança, sem preocupação alguma com carro, com estacionamento, com ingressos, com sono na estrada… Essas são algumas das vantagens de se viajar em excursões. Voltaríamos lá outras vezes para levar nossos pais, por exemplo. Isso é sinal de que vale a pena!

 

 

Passeio off road pela Mata Norte de Pernambuco: Rota dos Engenhos II

Estradas estreitas, subidas, descidas, buracos, sulcos e poeira, muita poeira. Em dezembro de 2017 fizemos nosso primeiro passeio off road pela Zona da Mata Norte pernambucana, em grupo, com o Passeios Offroad Pernambuco. Uma experiência muito legal que nos levou a revisitar – com um ovo olhar – alguns destinos já conhecidos e nos apresentou belas paisagens.

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Nazaré da Mata e Buenos Aires
Partimos de um posto de combustível na BR-408, em São Lourenço, pouco depois das 7h30 do sábado. A primeira parada foi no Engenho Santa Fé, em Nazaré da Mata, mas logo seguimos para o Engenho Crimeia, em Buenos Aires. Fomos muito bem recebidos pelo proprietário, que nos apresentou a capela e a casa grande, muito bem cuidadas, e ofereceu um lanche bem característico: tareco e mariola! Visitamos ainda o belíssimo baobá centenário da propriedade e deu para dar uma descansada rápida sob as sombras das árvores frutíferas.  Valeu muito a visita!

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Vicência
Pelas estradas de terra, seguimos para o Engenho Água Doce, em Vicência, destino que já visitamos algumas vezes (clique aqui para ver o post sobre o Água Doce), mas que sempre nos deixa satisfeitos e com vontade de voltar. Depois revisitamos a casa grande e a capela do Engenho Jundiá (clique aqui para ver o post sobre o Jundiá), só que desta vez o passeio incluiu a subida da serra e, lá no alto, na capelinha de Nossa Senhora da Conceição, reencontramos a bela vista dos engenhos, de Vicência e da região.

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Serra do Pirauá
De Vicência até Pirauá, distrito do município de Macaparana, o caminho é longo. O asfalto é razoável e alguns trechos exigem atenção, mas a viagem se torna muito mais interessante quando é em grupo, orientada pelos mais experientes. Localizado na divisa entre Pernambuco e Paraíba, Pirauá, distrito de Macaparana, foi uma grata surpresa, com suas belas paisagens.

Visitamos a Pedra do Bico, onde acompanhamos o pôr-do-sol. O caminho exige atenção, e a subida a pé, exige um pouco mais de resistência, mas a vista lá do alto compensa, e muito.

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A hospedagem é na Pousada Serra do Pirauá, muito organizada e bem estruturada, pronta para receber boa quantidade de turistas. Há também boas opções para refeição (Restaurante Serra do Pirauá) e para quem quer comprar queijos artesanais.

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