Karawá Tã: o parque de aventura que será inaugurado em Gravatá

Eis que Abril trouxe uma novidade que tem tudo para movimentar, e muito, o Turismo Rural em Pernambuco e pegou muita gente de surpresa: a cidade de Gravatá contará com um super parque de turismo de aventura e ecoturismo, o Karawá Tã. Quer outra notícia boa? A previsão é que ele seja inaugurado já no mês de junho!

Apesar da proximidade da abertura, ainda não foram divulgados muitos detalhes nem muitas imagens do parque, mas nós cascavilhamos os blogs locais, as redes sociais e o site do empreendimento, e apresentamos abaixo alguns detalhes que conseguimos descobrir.

KARAWATA-GRAVATA(Crédito da imagem: http://www.karawata.com.br)

ESTRUTURA
As obras do Karawá Tã começaram no início deste ano. O parque funcionará em uma área de 1.600.000 m², na Reserva Particular de Patrimônio Natural (RPPN) de mesmo nome, entre a Serra do Maroto e Gravatá. De acordo com o site do parque, estão sendo investidos no projeto mais de R$ 15 milhões.

O lugar terá espaço para ecoturismo, turismo de aventura, entretenimento, treinamento corporativo, educação e pesquisa ambiental. Para quem curte o Turismo de Aventura, opções não vão faltar, segundo o site: haverá três tirolesas, sendo uma delas com 850 metros de extensão, trilhas contemplativas e de aventura, arvorismo, rapel, arco e flecha, paredão de escalada, aqua ball, paint ball, circuito de bike (kids/teen), orbit ball, além de um tobogã com 120 metros de comprimento.

A estrutura conta ainda com ambulatório, auditório, centro de visitantes, três restaurantes, cinco lanchonetes, lojas, heliponto e estacionamento para 450 veículos, além de 10 estações de embarque e desembarque. A circulação de carros não será permitida dentro do parque e os visitantes poderão fazer o percurso em um trenzinho sobre rodas.

mapa-ilustrativo-karawata(Crédito da imagem: http://www.karawata.com.br)

ACESSIBILIDADE E SUSTENTABILIDADE
Pelas informações que encontramos, uma das prioridades do parque será a acessibilidade. A tirolesa terá um equipamento capaz de transportar cadeirantes, todo parque terá sinalização em braile e a equipe de monitores será qualificada para atender as pessoas com deficiência.

Além da preservação da Caatinga, o criador do parque também atentou para a geração de energia – que será feita através de painéis solares – e para o uso racional da água, com captação de água da chuva e reuso da água nos equipamentos.

FUNCIONAMENTO
De acordo com informações em portais locais, a estimativa é que o parque conte com aproximadamente 100 profissionais, atendendo a 1500 pessoas por dia. O funcionamento deverá ser por day use, como acontece nos parques desse tipo, em que o visitante recebe a identificação na bilheteria, aproveita os equipamentos, consome alimentos e bebidas e paga tudo no final do dia.

De acordo com a página do Parque de Aventura Karawá Tã, o empreendimento já está cadastrado na ABETA (Associação Brasileira das Empresas de Ecoturismo e Turismo de Aventura) e no Cadastur  (Cadastro de Prestadores de Serviços Turísticos) do Ministério do Turismo (MTur).

CURIOSIDADES
A Reserva Particular de Patrimônio Natural Karawá Tã é a maior da vegetação da Caatinga no Brasil em área urbana. O termo karawa tã denomina a vegetação nativa de Gravatá em tupi guarani.

MAIS INFORMAÇÕES
Para ficar atualizado(a) sobre o parque, confira os perfis oficiais do Karawá Tã no Instagram e no Facebook. O site do empreendimento é www.karawata.com.br.

 

 

Tudo sobre o teleférico de Bonito (PE)

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Desde quando começamos a postar as fotos da nossa viagem a Bonito, várias pessoas têm dito que não sabiam que a cidade havia inaugurado um teleférico e se mostraram bastante interessadas em experimentar essa novidade. Então, decidimos fazer um texto só sobre estre atrativo, com os principais detalhes que você precisa saber antes de visitá-lo.

Vale muito a visita,  e tem tudo para se tornar um dos locais mais visitados de Bonito. Ou seja, é bom já incluir a visita ao teleférico no seu roteiro.

LOCALIZAÇÃO E ESTACIONAMENTO
A estação do teleférico fica no Pátio de Eventos da cidade, localizado na rua Sebastião Rangel, no centro, próximo ao mercado público e ao lado da Caixa Econômica Federal. O lugar tem um estacionamento amplo e gratuito. Confira aqui o mapa.

A pracinha sob a estação é um atrativo a parte: vários senhorezinhos e senhorinhas acompanhando o movimento – bem característico das cidades do interior -, as crianças brincando e os casais conversando sem preocupação.

Teleférico

HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO
O teleférico funciona de quinta a domingo, no horário das 9h às 17h. As cabines completam o percurso de 1,2 km em aproximadamente 12 a 15 minutos, considerando o tempo de embarque e desembarque.

O equipamento tem capacidade para transportar 92 pessoas por hora, mas no dia em que fomos, um domingo, a fila estava grande e dificilmente as cabines eram ocupadas em sua capacidade máxima (4 pessoas). Por isso, recomendamos que você reserve uma manhã ou uma tarde inteira da sua viagem para conhecer o teleférico.

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INGRESSOS
Os ingressos custam R$ 30, e tem meia-entrada (R$ 15) para estudantes, professores, idosos, deficientes e jovens de baixa renda inscritos do CadÚnico. As vendas acontecem somente na bilheteria e, se comprado até as 15h, dão direito a ida e volta no teleférico. Ingressos adquiridos após esse horário dão direito a volta de van. As vendas são encerradas 30 minutos antes da última viagem.

O ticket é dividido em duas partes, e você entrega cada uma delas momentos antes de entrar nas cabines. Uma pena para quem coleciona (é o nosso caso), pois você não fica com nenhuma parte do ingresso.

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LÁ EM CIMA
O teleférico parte do pátio de eventos para o topo da Serra do Araticum, a 700 metros de altitude, em relação ao nível do mar. Lá em cima tem sorveteria, lanchonete e pracinhas muito organizadas, além da capela da Nossa Senhora de Mont Serrat. Mas o principal atrativo é mesmo a vista encantadora que você tem lá do alto.

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Apreciar o pôr do sol enquanto saboreia um café naquele friozinho de agosto faz valer qualquer espera e torna o passeio ao teleférico um atrativo imperdível para quem vai a Bonito.

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Saiba mais:

Fim de semana em Bonito (PE): muito além das cachoeiras

Cachoeira Barra Azul Bonito Partiu InteriorDemorou, mas finalmente visitamos Bonito, no Agreste pernambucano. Dona de belas cachoeiras e de paisagens encantadoras,  a simpática cidade não precisou de muito tempo para nos convencer: é um dos melhores destinos que visitamos em dois anos de #PartiuInterior.
Belezas naturais, esportes radicais, teleférico e ótimas opções de hospedagem fazem de Bonito a principal referência de Ecoturismo em Pernambuco, com atrativos que agradam a todos os gostos e bolsos. Nós passamos um fim de semana lá e aproveitamos muito bem cada momento, desde a chegada até a hora de ir embora.
Rodeadouro Bonito Partiu Interior
Como chegar
A cidade é um destino bem fácil de chegar. Fica a apenas 132 km do Recife, o que dá pouco mais de 2 horas de viagem, pela BR-232 (até Bezerros) e pela PE-103 (Sairé e Camocim de São Félix). A estrada é boa e bem sinalizada. Chegando lá, é super fácil de transitar, mas vale a pena passar no Centro de Informações Turísticas, na entrada principal do município, e saber dos detalhes. Se preferir contratar um guia turístico, a diária custa R$100,00.
As cachoeiras
As cachoeiras de Bonito foram eleitas uma das 7 Maravilhas de Pernambuco. O acesso a elas é bem tranquilo, pela PE-103, e as entradas são sinalizadas. Quem curte fazer trilhas e quiser pegar a estrada de terra que liga as cachoeiras também dá, mas somente com um carro alto (e 4×4, dependendo da época do ano). Foi o que fizemos, usando o aplicativo Wikiloc (recomendo!).
Cachoeira Bonito PArtiu Interior
Na entrada de cada cachoeira é cobrada uma taxa de R$ 5, e há espaço reservados para estacionar, além de banheiros. Em algumas delas também há bar/restaurante, com opções de petisco e almoço – mas não provamos.
A primeira que visitamos foi a Véu de Noiva I, a mais conhecida e mais movimentada. Ela não é boa para banho, mas é para onde os apaixonados por esportes radicais vão para praticar tirolesa e rapel – tema do próximo tópico. Depois seguimos pela estrada de terra até a Barra Azul, que rende belas imagens, e em seguida fomos para a Cachoeira do Paraíso, que das três é a melhor para banho.
Rapel Cahoeira Bonito Partiu Interior
Esportes radicais
Bonito é o destino de muita gente que curte trekking (caminhada), ciclismo, moutain bike, trilhas off road, balonismo e, claro, a tirolesa e o rapel, disponíveis em alguns parques e na cachoeira Véu de Noiva I. Essas duas atividades abrem ao público nos finais de semana, a partir das 9h. A descida na tirolesa custa R$ 40 por pessoa, enquanto o rapel sai por R$ 35. Quem optar pelo pacote (Tirolesa+Rapel) ganha um desconto, paga apenas R$ 60.
A empresa nos recebeu muito bem e explicou detalhadamente como funcionam as práticas e os equipamentos. Nos sentimos bastante seguros, confiamos, e encaramos. No rapel, os visitantes descem os 32 metros da cachoeira acompanhados por instrutores. Já na tirolesa, são pouco mais de 30 segundos para percorrer os cerca de 320 metros de descida, a 70 metros de altura no ponto mais alto. Ah, e tudo é fotografado pela empresa e disponibilizado depois no Facebook. Resumindo: vale muito a pena!
Tirolesa Bonito 2 Partiu Interior
Tirolesa Bonito Partiu Interior
Teleférico
Inaugurado em maio deste ano, o teleférico de Bonito ainda é pouco conhecido (algumas pessoas ficaram surpresas com as fotos que postamos no dia do passeio), mas já é, sem dúvida alguma, um grande atrativo da cidade. Os quatro “carrinhos”, com capacidade para 4 pessoas, levam 12 minutos para completar o percurso de 1,2 km. Dois sobem, enquanto os outros dois descem, ou seja, vão 8 pessoas por vez.
teleférico Bonito Partiu Interior
Os ingressos custam R$ 30 e R$ 15 (meia-entrada), e o horário de funcionamento é das 9h às 17h. No próximo post do blog falaremos mais detalhes sobre essa beleza que é o passeio de teleférico.

Teleférico 3 Bonito PArtiu InteriorTeleférico 2 Bonito Partiu Interior

Hospedagem
Existem diversas opções para camping, pousadas, hotéis e hotéis fazenda em Bonito, com preços bem variados. Ficamos hospedados em um hotel fazenda bastante conhecido, que dispõe de diversas atividades inclusas na diária, e oferece pensão completa (café-da-manhã, almoço, jantar e lanche).
Pedra Rodeadouro Bonito Partiu Interior
Além da bela vista, aproveitamos a trilha ecológica com cachoeira – em uma reserva dentro do hotel – piscina, jogos e stand up paddle. Também há outras atividades típicas em hotéis dessa modalidade, como leite no curral e passeio a cavalo, e mais outros não inclusos no pacote. As acomodações são simples, aconchegantes e confortáveis, ou seja, tudo o que você precisa para descansar depois de curtir tudo o que Bonito tem a oferecer.
Trilha Bonito Partiu Interior
stand up paddle bonito partiu interior
Próximos
Nos próximos posts do #PartiuInterior você vai ver mais detalhes sobre o teleférico de Bonito e outras opções de passeio na cidade.

Sete coisas que não nos contaram sobre Paixão de Cristo de Nova Jerusalém

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Imagina a felicidade que deve ser transformar uma pequena vila no interior de Pernambuco em um dos principais destinos de milhares de visitantes e turistas – religiosos ou não – durante a Semana Santa? Comecei a me perguntar isso enquanto admirava a grandiosidade do teatro de Nova Jerusalém, em Fazenda Nova, Brejo da Madre de Deus, a 180 km do Recife. Do lado de fora, pouco antes de entrar para o espetáculo, observei os diversos ônibus, carros, feirinha, arena gastronômica, ambulantes e comecei a entender a ideia genial de Plínio Pacheco.

Viajamos na quinta-feira (28), dia chuvoso e de muito movimento nas estradas – todos querendo sair do Recife para curtir o feriado. Apesar de ser um destino bastante conhecido e frequentado pelos pernambucanos, foi nossa primeira vez no espetáculo, então, o que falar de uma peça sobre a conhecida história de Jesus Cristo que já vai em sua 51ª edição e já foi vista por mais de 3,5 milhões de expectadores?

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Bem, primeiro é preciso dizer que vale muito a pena. Tudo é feito com muito cuidado e atenção para que o público mergulhe no enredo sem distrações. Também há alguns detalhes – positivos e negativos – que vamos elencar a seguir e que podem ajudar você a planejar uma viagem para lá nos próximos anos. Vamos começar:

1 – Não, a viagem não é cara. 
Essa era uma ideia que eu tinha. Sempre me perguntei se valia a pena pagar “tanto” para ver a encenação de uma história que eu já conheço e que sempre é exibida na televisão. Sim, vale a pena. Em 2018, os ingressos variavam entre R$ 100 e R$ 140 (inteira) e R$ 50 a R$ 70 (meia entrada), um preço que acho justo, considerando que são mais de três horas de espetáculo, com 450 atores e figurantes, além de outros 600 profissionais envolvidos (técnicos, maquiadores, sonoplastas, eletricistas, entre outros), todos distribuídos em 9 palcos e dentro de um teatro com 100 mil metros quadrados.

Para chegar lá, existem várias opções de excursões, com preços bem variados. No Recife, encontramos a partir de R$ 80 por pessoa (certamente tem mais barato) e viajamos pela Sevagtur, a R$90. Tudo muito organizado e tranquilo. No final das contas, gastamos R$ 300 (ingresso e transporte para o casal), fora alimentação por lá e capinha de chuva.

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2 – Pode chover bastante. Mas tem capinha de chuva pra vender.
O dia em que fomos foi bastante chuvoso, e até levamos uma sombrinha para se proteger da chuva, mas usá-la durante o espetáculo não é uma opção (apesar de muitas pessoas abrirem e atrapalharem a vista de quem está atrás). A solução: capinhas de chuva. Os ambulantes vendem já no estacionamento ao preço de R$ 5.

20180329_1915593 – Vá de calça e sapato para chuva.
Se a previsão for de chuva, nem se preocupe com que roupa você vai, porque ela vai ficar por baixo da capa de plástico, mas vale a pena ir de calça para evitar insetos e lama. Também é interessante usar um sapato apropriado e que aguente chuva. Nada de sandalinha, salto alto ou chinelo de dedo, pois a maior parte da caminhada que você precisará fazer diante dos palcos é no barro, sem calçamento, e lembre-se que você vai andar no meio de uma multidão, ou seja, apesar de isso ser bem sossegado por lá, pode ser que pisem no seu pé…IMG_20180329_173538

4- Procure o canto esquerdo dos palcos.
Esta dica nos foi dada pelo guia, a caminho de Nova Jerusalém, e quando começa o espetáculo você entende que faz todo sentido: procure sempre o canto esquerdo dos palcos. Fica mais fácil se locomover entre as cenas e se acomodar com tranquilidade. Somente na cena da crucificação é recomendável ir pela direita (e não pelas arquibancadas), assim você chegará mais perto do palco. Uma curiosidade, que talvez pouca gente perceba, é que a estátua do Plínio Pacheco montado no cavalo é móvel, ela aponta a direção para onde as pessoas devem se deslocar.  

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5 – Existe uma atenção especial com idosos e deficientes
Assim que você entrar no teatro, vai perceber uma equipe de pelo menos vinte pessoas prontas para atender e acompanhar os expectadores que tenham dificuldade de locomoção e precisem de cadeiras de rodas. Existe um espaço amplo destinado para esse público, bem em frente de cada palco, e são os profissionais do teatro que conduzem as cadeiras de rodas.

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6 – Infelizmente, há poucos banheiros.
Como dificilmente as pessoas vão procurar o banheiro durante as três horas de espetáculo, nada mais comum do que ir antes ou depois. O problema é que são poucos banheiros para muita gente, então, quando termina a peça as pessoas já estão apertadas e precisarão encarar filas. É tenso.

7 – Feirinha poderia ser melhor.
Esperava encontrar uma feirinha de artesanato bem diversificada, com produtos locais e bem diferentes do que a gente encontra em outros locais, mas salvo as lembrancinhas relacionadas à Paixão de Cristo, não há muita opção. Encontramos vários estandes com relógios e acessórios brilhantes fabricados na China, mas de artesanato mesmo, é pouco.

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Em resumo, foi uma viagem bem tranquila e divertida. Fomos e voltamos com segurança, sem preocupação alguma com carro, com estacionamento, com ingressos, com sono na estrada… Essas são algumas das vantagens de se viajar em excursões. Voltaríamos lá outras vezes para levar nossos pais, por exemplo. Isso é sinal de que vale a pena!